Duarte Belo apresenta-nos exemplos de leitura e interpretação da paisagem contemporânea e refere metodologias concretas de leitura dos lugares e da elaboração de conceitos de comunicação.
De um arquivo de mais de 2.000.000 de fotografias ergue-se uma complexa teia de relações topológicas estabelecidas entre espaços, por vezes, muito distantes entre si. Quando o aquecimento global e a perda de biodiversidade são realidades incontornáveis, que leitura podemos fazer do espaço que habitamos? Que ferramentas podemos usar para a interpretação dos lugares? Como se opera a passagem do tempo? Que modelos, desenhos, podemos propor para a possibilidade de restabelecimento das condições que nos trouxeram até ao presente? Da imagem para a palavra, numa tentativa de fuga à voracidade entrópica que nos toma os dias, esta é uma proposta de viagem que se ergue de um caminhar ancestral.
Duarte Belo (Lisboa, 1968). Formação em arquitetura. O trabalho de mapeamento fotográfico do espaço português deu origem a um arquivo fotográfico de mais de 2.000.000 imagens. Da obra publicada destacam-se: Portugal — O Sabor da Terra (1997-1998), Portugal Património (2007-2008), Portugal Luz e Sombra (2012) e a trilogia composta por Caminhar Oblíquo, Depois da Estrada e Viagem Maior (2020). Tem trabalhado sobre nomes relevantes da cultura portuguesa, como Mário de Cesariny, Ruy Belo, Maria Gabriela Llansol ou Miguel Torga. É editor do blog Cidade Infinita. Expõe desde 1987 e participa regularmente em atividades pedagógicas, conferências e mesas redondas.