Observatório Astronómico Professor Manuel de Barros

Este espaço pertence à Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, situa-se no concelho de Vila Nova de Gaia, mais propriamente no Monte da Virgem, junto à alameda com o mesmo nome, e desenvolve atividades de investigação e ensino em áreas das Ciências da Terra, do Espaço e da Engenharia Geográfica. 

Esta intervenção paisagística insere-se num programa de reabilitação do Observatório Astronómico que tem como objetivo dinamizar o espaço e reverter a tendência de degradação ocorrida ao longo do tempo devido à falta de manutenção regular. Assim, o programa contempla a recuperação dos espaços exteriores e dos equipamentos de observação, bem como a instalação de equipamentos pedagógicos, de modo a divulgar a Astronomia e a apoiar as atividades extra curriculares das escolas do concelho de Vila Nova de Gaia. 

Para a elaboração do projeto foram utilizados elementos base indispensáveis, tais como: Levantamento topográfico – fornecido pelo cliente; Estudo prévio – elaborado no âmbito deste projeto. Tendo em conta que o Observatório Astronómico Professor Manuel de Barros se encontra classificado como Monumento de Interesse Público (MIP) desde 2012, alerta-se para a eventual necessidade do cumprimento da legislação aplicável, referente a restrições impostas no que diz respeito a intervenções.

O Observatório Astronómico foi fundado em 1948 pelo Dr. Manuel Gonçalves Pereira de Barros, docente da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, com o objetivo de apoiar o ensino da Astronomia, Engenharia Geográfica e Matemática. 

O terreno para a sua implantação, localizado no Monte da Virgem, foi escolhido por reunir condições favoráveis ao funcionamento eficaz dos diversos instrumentos. À data, o local era amplo, elevado, afastado das grandes zonas urbanizadas, sem iluminação artificial e livre de nevoeiros. 

Nas décadas seguintes foram construídos no Monte da Virgem, alguns edifícios e equipamentos, no entanto estes não alteraram o carácter florestal do local, nem afetaram o correcto funcionamento dos instrumentos do Observatório Astronómico. A permanência desta mancha florestal dever-se-á à definição da Zona de Proteção (ZP) afeta ao Observatório Astronómico, em1948 e, mais recentemente, em 2012, da Zona Especial de Proteção (ZEP).

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